Em decorrência da quarentena fomos obrigados a PARAR, sair do "piloto automático". Tivemos que ficar confinados em casa e adaptarmos completamente as rotinas. Sair?! Somente para o essencial e, como resultado, ganhamos muito mais tempo de convívio com quem vive com a gente.
Teve gente que surtou. Teve gente que brigou. Teve gente que se amou ainda mais.
Momentos assim são uma oportunidade única para olharmos enfim para o outro e refletirmos sobre quem realmente são, como se sentem e quais seus anseios.
Nessa hora nos damos conta do quanto somos vulneráveis e de como nos sentimos, ainda mais vulneráveis, sozinhos. E nos damos conta também de como somos parte importante e podemos fazer a diferença para os outros.
Finalmente, fomos apresentados com duas opções: reclamar da nova realidade ou aprender a conviver conosco e com os que amamos de uma maneira diferente.
Nesta realidade inédita, para muitos surge a oportunidade de REAPRENDER A CONVIVER, de reforçar laços internos e com familiares.
Afinal, fugir pra onde?
O confinamento obrigatório por vezes pode soar claustrofóbico, mas também pode ser um caminho para o autoconhecimento, para aprender coisas novas, se aprofundar em temas que te interessam, se divertir e, principalmente, reforçar laços afetivos a partir do respeito e da empatia.
Na cartilha Desconforto Emocional em Períodos de Isolamento, escrita pela psicóloga Karoline Paiva e o psicanalista Marcos Wagner, os autores sugerem ações que procuram suavizar os efeitos negativos desse isolamento. Recomendam:
- Evitar informações em excesso. Não veja noticiários demais. A hiper-informação pode levar a ansiedade. Tente acalmar sua mente. Medite.
- Evitar pensamentos vitimistas. O isolamento social não é uma punição e sim uma maneira de preservar as pessoas. Veja seu isolamento como algo positivo.
- Evitar pensar que solidão significa abandono. Se faça presente mesmo estando longe de familiares e amigos. Faça o uso da tecnologia para ter boas conversas com seus entes queridos. Existem vários aplicativos de videoconferência que ajudam a aproximar quem está longe. Não deixe a solidão te causar tristeza.
- Evitar o pensamento pessimista. Quando estamos amargurados não conseguimos enxergar soluções. Criamos um círculo vicioso. O pensamento pessimista não encontra solução que acaba alimentando o pensamento pessimista que não consegue ver solução e por aí em diante.
- Evitar o não fazer nada. O fazer nada pode criar desânimo. Preencha seu tempo! Faça aulas de yoga, ou de exercícios, leia, faça um curso, cozinhe coisas novas, ORGANIZE SUA CASA. Mantenha-se ativo e produtivo! Procure aquecer sua alma com as coisas que te fazem bem e te trazem esperança.
- Evitar a falta de rotina. Já falamos muito sobre rotina: da rotina simples de fazer a cama e por uma mesa, até a rotina de limpeza da casa. A rotina ajuda na realização de propósitos. Organize seu tempo. Sempre respeitando os intervalos das refeições e sem deixar de considerar o tempo livre!
- Evitar pensar somente em você. A sua individualidade é valiosa, mas você precisa ter em mente que, provavelmente, está em um ambiente com mais pessoas. É importante praticar a empatia, colaborar mais, TORNAR SEU LAR UM LOCAL AGRADÁVEL DE SE ESTAR NESSE PERÍODO.
A Arte de Conviver nunca se mostrou tão importante como nesse momento de isolamento social. A arte de conviver tanto consigo mesmo como com familiares. Isso implica que além do amor, há de haver limites, respeito, solidariedade, compreensão, direitos e deveres para todos.
A arte de conviver é a arte de amar mesmo querendo fazer diferente, de respeitar mesmo sem concordar, de se ajudar mesmo sem entender os porquês. Olho no olho, coração no coração.
É aí que entra uma providência legal e bem respeitosa. Você tem que entender quais são os hábitos desse momento e criar “cantinhos” adequados na sua casa. Assim, vai ser muito mais fácil usar e dividir espaços e ainda ganhar produtividade em cada tarefa do dia-a-dia.
Pense, então, sobre suas necessidades e as necessidades de quem vive com você e tente proporcionar mais conforto e aconchego através de “cantinhos” pensados e feitos sob medida para cada um!
Aqui algumas das nossas sugestões de “cantinhos” que podem agradar:
_ home office – Muita gente está trabalhando de casa. Escolha um espaço na sua casa que tenha alguma privacidade de precisar e receba luz natural, o sol tem poderes incríveis. Tenha uma mesa, canetas à mão, luz acessória e sempre uma plantinha por perto, traz vida! Personalize com fotos, frases ou memes que goste e até um cheiro que te dê mais alegria.
_ leitura – aqui a palavra é conforto, seja numa boa poltrona ou jogado em almofadas. Coloque um apoio para uma xícara de café ou uma boa taça de vinho, sempre boas companhias para esse momento.
_ café – ficando mais em casa, é bem interessante que você tenha sua cafeteira e aquela xícara preferida sempre à mão. Pausas necessárias durante o dia.
_ meditação e exercícios físicos – agora é fundamental. Sanidade de corpo e alma. Um espaço para seu tapetinho, e elementos por perto que te deem energia! Uma garrafinha de água não pode ser esquecida.
Monte seus “cantinhos” com capricho. Cuide do próximo. Vai passar!
Capricho é uma atitude com jeitinho de amor.
Beijos,
Caprichosas
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